Brasília. Autor original do projeto batizado popularmente de “cura gay”, o ex-deputado e coronel da Polícia Militar de São Paulo Paes de Lira (DEM) disse estar decepcionado com o comportamento do deputado federal João Campos (PSDB-GO) em recuar e retirar a proposta de tramitação.
Paes de Lira foi deputado federal na legislatura anterior – na vaga do estilista Clodovil – e apresentou o projeto em 2009, quando era do PSC, mesmo partido do presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH)da Câmara, Marco Feliciano (SP). Lira não foi reeleito, e, então, João Campos reapresentou o mesmíssimo texto, o que é permitido.
Paes de Lira disse que há uma “ditadura gay” no país e afirmou que, quando era deputado, nunca conseguiu que seu projeto entrasse na pauta da CDH, então controlada pelo PT, partido contrário ao projeto.
“Não tem nada de cura gay. Um argumento muito utilizado é que o homossexualismo (sic) não é doença. De fato, não é. Foi retirado do código como patologia há alguns anos. Mas se mantém como um distúrbio comportamental. Ora, e psicólogo não pode tratar esse distúrbio?”, disse.
Paes de Lira afirmou que apresentou o projeto em função da “perseguição” contra a psicóloga Rosângela Justino, que atendia homossexuais. Ela foi atingida pela portaria do Conselho Federal de Psicologia que proibiu esse tipo de tratamento.
“A resolução do conselho visou atingir essa psicóloga, uma brava mulher brasileira, que merece todos os elogios. A ditadura gay que existe no Brasil passou a persegui-la”.
Kayron Lobo
Assessor de Comunicação
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